Sincronização Bidirecional entre Oracle e WordPress com API Intermediadora

Um desafio recente foi manter uma sincronização de dados em dois sentidos entre um banco de dados Oracle (SENIOR) e uma plataforma LMS baseada em WordPress.

Planejamento e Aprovação

O processo envolveu planejar toda a solução, apresentar o planejamento para aprovação e, em seguida, realizar a implementação completa.
Durante esse trabalho, me especializei em fluxos de construção de plugins para WordPress, explorando em profundidade a manipulação de hooks de plugins.

Mapeamento das Informações

O primeiro passo foi mapear quais informações deveriam ser sincronizadas do banco Oracle para o WordPress e vice-versa.
Em seguida, defini formas de implementar essa integração nos plugins e no próprio WordPress.

Oracle → WordPress

Para o fluxo do Oracle para o WordPress, a solução foi composta pelas seguintes etapas:

• Criação de uma API Intermediadora desenvolvida em NestJS, com sistema de filas usando BullMQ e BullBoard protegido por Basic Auth.
• Essa API intermediadora ficou responsável por orquestrar a comunicação bidirecional, evitando travamentos e garantindo alta performance.
• No Oracle, criei uma View específica com apenas os dados necessários para sincronização, reduzindo custos de processamento.
• Implementei triggers que, sempre que ocorria uma inserção, atualização ou exclusão, enviavam uma requisição para a API intermediadora.

A importância da API intermediadora é clara:

ela recebe a requisição da trigger, retorna rapidamente uma resposta e, apenas depois, processa a requisição em segundo plano.
Isso evitava que a trigger fique presa aguardando a conclusão do processamento, reduzindo riscos e custos de performance no banco Oracle.

WordPress → Oracle

Para o fluxo do WordPress para o Oracle, o caminho foi o inverso:

• Mapeei eventos dos plugins e do próprio WordPress (como estatísticas, progressos e dados de uso).
• Esses eventos enviavam informações para a API intermediadora.
• No Oracle, foram criados usuários com permissões limitadas, views dedicadas e procedures responsáveis por aceitar dados de atualização e inserção.

Assim, toda atualização iniciada no WordPress é tratada pela API e corretamente persistida no banco Oracle.

Tratamento de Falhas

Outro ponto importante foi o tratamento de falhas:

• Falhas são registradas em memória e exibidas no BullBoard, sem serem sobrescritas por erros mais recentes.
• Além disso, criei uma tabela dedicada no Oracle para salvar os registros de falha, permitindo investigar e corrigir fluxos de sincronização com base em evidências concretas.

Resultado em Produção

Após todo o fluxo implementado, alcançamos em produção:

• 0 erros
• 0 necessidade de intervenção manual

O sistema mostrou-se robusto, escalável e confiável.

Boas Práticas Adotadas

Além da parte técnica, gosto de pensar em cada projeto sob outros pontos de vista:

• Como será mantido no futuro
• Como poderá ser escalado
• Como será utilizado por outros times

Sou bastante organizado, costumo documentar bem meus projetos, manter padronização de commits e seguir práticas de clean code.
Isso facilita a evolução futura e reduz a curva de aprendizado para outras equipes que precisem atuar no mesmo código.